Diário aberto (20 de junho, 2023)

Vai passar. Às vezes é o que a gente quer mais escutar. Vai passar. Seja de um amigo, amiga, da namorada ou dos pais. Acho que por isso muitas amizades podem substituir as famílias. Amizades que dão segurança e conforto. Dadas nossas culturas familiares, não é de se espantar que alguns amigos e amigas façamContinuarContinuar lendo “Diário aberto (20 de junho, 2023)”

Diário aberto, 23 de abril, 2020

(Lava-louça arcaica) 27 de março, 2020 A melhor hora para lavar a louça é logo depois de acordar, enquanto a água do café está fervendo, o sol esquenta o piso da sala e da cozinha, há uma motivação para qualquer ideia de vida que vem pela frente, o dia pede ordem, acontecimentos dentro de umContinuarContinuar lendo “Diário aberto, 23 de abril, 2020”

Diário aberto 17 out, 2022

Em meu tempo em vida, muita coisa ainda ficará sem resposta. Muitos mistérios.Mistérios para os quais já existem teorias, uma multiplicidade de explicações e nenhuma completamente garantida. Para a minha liberdade, prefiro praticar a descrença – o que não é não-aceitar algo, mas sim, não crer em algo como única explicação.Nesse quase agnosticismo, ainda nãoContinuarContinuar lendo “Diário aberto 17 out, 2022”

Em busca do amor sem sintomas

Um dia meio noturno molhado pelo silêncio me impele a escrever em terceira pessoa. No entanto, o frio impede que me desnude. Não busco o sofrimento que já carrego. A falta de sentir que se faz em melodias roucas. Infelizmente ainda sou, ainda amo. Há um corpo deitado desde onde escrevo. Há um sorriso paraContinuarContinuar lendo “Em busca do amor sem sintomas”

Diário aberto 2 de dezembro

Chegando a dois de dezembro de 2021 em usual solidão. faz tempo que não vejo minha família, pouco mais de mês, que parece anos. Quantos centímetros minhas sobrinhas ganharam? Quantos pólipos devem ter nascido no meu estômago? Quantos fios negros restam na cabeça do meu pai? O quanto subiu o preço da carne? Quantos poemasContinuarContinuar lendo “Diário aberto 2 de dezembro”

fritar gelo na cama

Quem pode desejar uma noite fria? Dominamos o frio mas não escapamos ao nosso próprio sofrimento… como julgar a intensidade da sua dor? deve ser impossível. Os russos não sentem frio, o álcool não sente medo, uma rocha anda só. Nas ruas gélidas de sp, não temos tempo de pensar no outro. A dor doContinuarContinuar lendo “fritar gelo na cama”

Diário aberto 15 de junho, 2021

Me pergunto todo dia se sinto falta de ter faltaA autossuficiência me denota algo de perversoSem depender de uma alma externa caminho para legiferar sobre o mundoEssa nunca foi minha intenção, logo eu, que tenho adoração por alienar meus pobres poderesContinuo julgando meus pensamentos, o que me traz tranquilidade.Não tenho voracidade Um morimbundo que observaContinuarContinuar lendo “Diário aberto 15 de junho, 2021”

Diário aberto, 20 de abril 2021

Mais um dia acordando lentamente e esquecendo mais um sonho. No meio da noite sabia que deveria fazer uma anotação, de uma palavra, uma palavra que me lembraria de todos os acontecimentos do sonho. Eu sei que existe uma palavra. Uma palavra que une tudo. Existe uma palavra. A qual me fará rememorar todos osContinuarContinuar lendo “Diário aberto, 20 de abril 2021”

Diário aberto 30 de março, 2021

Eu não tenho poesia pois não é algo que se tem, obtém, que se pega e nem que sai de alguém.Tendo a ignorar sua etimologia de poiseis, não creio que nada nasça de mim assim como não creio que meus pais me criaramPassei por eles e aqui estou, sendo no momento escrevendo, exageradamente sobredeterminado, retransmitindo lixo lírico deContinuarContinuar lendo “Diário aberto 30 de março, 2021”

Sonho inventado

Sonhei que sonhei e o sonho não era meu, era de alguém que não se parece comigo porem tem inconsciente fluido, tipo o que todo mundo tem e não consegue explicar com palavras, pois palavras são somente ancoras, totalmente limitadas no que os sonhos tem a nos dar. Neste sonho andava embaixo d’agua, num lugarContinuarContinuar lendo “Sonho inventado”

Diário aberto, domingo

Suas mãos estão cheirosas porém doem, dos pulsos às costas, a parte baixa que sustenta, que se esforça em segurar quase tudo que lhe pesa, não há reza, nem unguento, que acode a aguentar, há água em seu terreno, sua casa fora construída sobre bases instáveis, quase flutuantes, qualquer dias as coisas mudam de lugar;ContinuarContinuar lendo “Diário aberto, domingo”

Diário aberto 20 de julho

E o Hipódromo vai fechar. Alguns se importam, quase ninguém liga. Se algo estava aqui antes de eu existir, presumiria que fosse existir para sempre, pois sempre esteve. (se antes de mim já havia mundo, não posso deixar de assumir que tudo que ali estava era o sempre). Antes de mim é a história daContinuarContinuar lendo “Diário aberto 20 de julho”

Diário aberto 16 de maio

Algum velhinho simpático disse que o sonho é o guardião do sono (Freud). Esta tarefa se torna mais difícil quando se está lutando contra a luz do dia. Acordo todo dia as 7am pois meu quarto não tem cortinas e tento dormir novamente ate umas 8:30am. Nesses últimos minutos eu sonho novamente, uma batalha acirrada,ContinuarContinuar lendo “Diário aberto 16 de maio”

Diário aberto 13 abr 2020

O tempo está voando. E ao mesmo tempo parece estar preso em um quarto. Hoje eu encontrei uma rolinha-roxa presa no quarto (da Beibe). Ela se debatia contra a rede protetora dos gatos, não conseguia passar por um dos buracos apesar de serem grandes o suficiente para seu corpo (e apesar de ter entrado porContinuarContinuar lendo “Diário aberto 13 abr 2020”

Diário aberto 25 mar 2020

Sonhei que estava acordado e acordei ainda sonhando. Acho que flutuei pelo corredor até o sol da varanda pois não lembro de ter posto os pés no chão. Os frios tacos empoeirados não fazem mais parte das percepções seletivas da minha psique amedrontada. A casa me guarda afavelmente num silencio de pássaros e vento, oContinuarContinuar lendo “Diário aberto 25 mar 2020”