A chuva nunca parou e ninguém percebeu. Viramos todos peixes.

Aceita-se a água e perde-se meio mundoViver de água é como viver de amor (não)Não se sabe bem em que nadamos ou voamosNem como respiramosMas essa coisa nos cerca Cria havência Nos faz mover (mesmo sem saber para onde)Amar e nadar; é não saber como, mas fazer, estar, entrar mesmo assim Seríamos nós arrastados porContinuarContinuar lendo “A chuva nunca parou e ninguém percebeu. Viramos todos peixes.”

Diário aberto, domingo

Suas mãos estão cheirosas porém doem, dos pulsos às costas, a parte baixa que sustenta, que se esforça em segurar quase tudo que lhe pesa, não há reza, nem unguento, que acode a aguentar, há água em seu terreno, sua casa fora construída sobre bases instáveis, quase flutuantes, qualquer dias as coisas mudam de lugar;ContinuarContinuar lendo “Diário aberto, domingo”