Poesia de crença

Eu acho que nem os gregos acreditavam naquele bando de deusesPor que eu acreditaria nessa coisa criada há poucas centenas?Nossos filhos falarão de outras deidadesDe outros impossíveis, outra ética, outras humanidades disfarçadas,outros amores, outras idadesNossos filhos não serão nossosem meus sonhos você ainda não apareceume falta qualquer tipo de crença para vislumbrar um Como NãoContinuarContinuar lendo “Poesia de crença”

Diário aberto 17 out, 2022

Em meu tempo em vida, muita coisa ainda ficará sem resposta. Muitos mistérios.Mistérios para os quais já existem teorias, uma multiplicidade de explicações e nenhuma completamente garantida. Para a minha liberdade, prefiro praticar a descrença – o que não é não-aceitar algo, mas sim, não crer em algo como única explicação.Nesse quase agnosticismo, ainda nãoContinuarContinuar lendo “Diário aberto 17 out, 2022”

deixa o bicho solto

deixa o bicho solto assim meio neutro meio ponto-morto será que é isso?sem reserva e sem roteiro? Deixa o bicho solto, sem coleira, meio louco Será que é isso?Quem disse que ser louco é ser solto? pois parece mais clausurao bicho não pensa, não sai mesmoNinguém vê a gaiola exceto o bicho Aí falam:- EsseContinuarContinuar lendo “deixa o bicho solto”

Septimus não sentia nada

1 de outubro, 2021 Septimus não sentia nada. Quantas vezes já me vira nessa situação, em estado de questionável psicopatia, frieza, dureza. Seria trauma? Seria falta de treinamento? Falta de palavra? Sentimentos precisam ser racionalizados para ganhar intensidade? A resposta é não. A descarga não passa necessariamente por processos secundários (provedores de sentido). Por queContinuarContinuar lendo “Septimus não sentia nada”