retrospecto

Não quero felicidade em retrospecto Não quero amor em forma de saudade Quero presente, sólido e quente Quero você explodindo bem aqui na minha frente! Se eu sentisse a intensidade da alegria no meu peito, estômago, cabeça, etc, na mesma maneira que eu sinto a dor, tudo seria mais fácil. Poderia finalmente saber que estouContinuarContinuar lendo “retrospecto”

Boitolo e o Eterno Retorno

Um poema de versos longos e uma marcha de breves versos Em estrofes descabidas para simpatizar com a carne sofrida Numa festa nada arguida sou confesso um feliz paradoxal Com aperto no esôfago e intestino solto, até meu sorriso é visceral Os gigantes da perna de pau são os que primeiro guiam meu cortejo-carnaval AContinuarContinuar lendo “Boitolo e o Eterno Retorno”

escarro III (linhas)

mais uma ilusão sintática da série Escarro 😉 Por linhas e linhas se perdem malditos argumentos e notas sem pé nem cabeça provocam aumento no texto da calçada cintilante na estrada das estrelas. Tudo de belo olvida o anal, tentando proteger-se de um monte de bosta abaixo dos traseiros cavalariços que sambam num ritmo lentoContinuarContinuar lendo “escarro III (linhas)”

normal mente

“… e assim vamos lá, lindeza bela singela exuberante belíssimo lindíssimo, formosura, encanto graça beldade perfeição simetria divina sublime magnamia magnânima tudo de bom gostosa coisinha, coisa linda, coisinha gostosa de tirar o fôlego de me deixar pasmo, sem palavras, de boca aberta como um pateta…” normalmente a gente mente, mente e nem sente, acredita-seContinuarContinuar lendo “normal mente”

o discurso do presidente

O discurso do presidente foi meio que contente contanto que não saibamos que ele mente nos horários mais sórdidos da calada da noite tardia e fria numa cidade grande qualquer quem não se veste de mulher não tem competência, nem competência para se atirar numa briga por audiência mesmo que seja numa sala de aulaContinuarContinuar lendo “o discurso do presidente”

tarde no parque

Palavras palavras escorrem na baba. Palavras palavras vazando, vaza. Um busto de cobre maciço virado pra rua não vi se é sorriso, a moça deitada na grama, seus bustos em chamas me chama no sol do artifício, cidade em ruídos ruínas do ofício, se olho pra baixo confundo marrom com verde num colchão de pestes,ContinuarContinuar lendo “tarde no parque”

escarro II

Eu me fiz esquecer, me perder em caixas que deveriam ter outros usos, pois o valor do tempo acordado vale mais que quinhentos anos, daqui a pouco valerá seiscentos. Sim, foi assim que dormimos, enquanto alguém escreveu uma história desajeitada e precisou de ajuda para formular inconsistências menos cruéis ao acaso, não por descaso, nãoContinuarContinuar lendo “escarro II”

escarro I

Yo soy un libro abierto, abro las manos para escribir pero no lo que pienso, mas sim as verdades da história perdida de que nunca existiu moral para os usuários de mantos vermelhos molhados comedores de coelhos sagrados, não poderia então haver alma perdida numa terra ferida por aqueles que pisam e fazem afundar asContinuarContinuar lendo “escarro I”

paraia

a praia paira sobre as nossas vistas como o ar é invisível e mesmo assim modifica a vista da janela de quem mora em frente ao mar que tem marés de lua como as fases da mulher que nasce floresce crua, mas não cura a ressaca daquela maresia turbulenta nem com ar condicionado nem comContinuarContinuar lendo “paraia”

Não ligo

Há mais de anos a luminária do quarto está sem lâmpada Por que escrever no escuro é mais romântico ou mais digno do meu amaldiçoado signo saem lágrimas no lugar de palavras E os quadros soltos, Na parede apoiados Não foram pendurados Fazendo sombra no chão Rodapés empoeirados Não deixariam rastro de vida Não fossemContinuarContinuar lendo “Não ligo”

O ser humano não tem cura para si próprio

O ser humano não tem cura para si próprio 02/05/16 Há caos Mas há padrão Têm maus Mas tem os bons Agora, um anormal Mata qualquer previsão Um idiota, um louco, o Budha, o tal Um idiota louco, um santo, o Tao. Em Ser, são. Em vir, foram. Em som, disseram. Em tudo, nunca emContinuarContinuar lendo “O ser humano não tem cura para si próprio”

O sentimento é enigmático

10/dez/2015 – 28/jan/2016 O “frio na barriga” não surgiu de uma briga. Porém me causou intriga. “Os pés ficaram sem chão” Queda-livre se torna sensação com notícias de devassidão E se pureza encontro ao longo, “Borboletas no estômago”. “Calafrios!” ou “Estou flutuando!”. Não mais discuto. “Estou caminhando no escuro” Uma palavra por um passo euContinuarContinuar lendo “O sentimento é enigmático”

Não foi pirraça

02.06.15 Mais uma vez me deparo com a insolvência de meus “problemas”. Ou como alguns chamam: neuroses ou traumas. Eu cuspo na linha do tempo com raiva. Já se passaram 16 anos. Mais de uma década analítica. Mais que isso – Crítica! Obtive o gosto pelo pensar, E com ele veio o pesar. Oh, quantosContinuarContinuar lendo “Não foi pirraça”

change change change (May 4th 2015)

After 10 years we don’t expect any change Though we don’t fear for a change Life is beautiful, We are safe With love and caress nightmares go away After 20 all we want is change We still believe in fate We believe in ourselves We want something else After 30 changing is hard We wantContinuarContinuar lendo “change change change (May 4th 2015)”

confusão (9 de junho, 2015)

Tem dias que o sol está mais forte. Pode estar frio, pode estar nublado, mas dá pra sentir que a luz está mais forte. Sem nuvem, o céu machuca os olhos. Com nuvens o branco é insosso. É osso. Tem dias que o frio vem no osso E não importa a claridade Muito menos aContinuarContinuar lendo “confusão (9 de junho, 2015)”

my days can be pale (25 maio 2015)

My days can be pale, Uneventful and stale There are no car crashes, an office clown’s joke or a winter’s sale Sometimes my eyes don’t see much, And very rarely my tongue gets rapt Sometimes my days are hours, even months And still there is no time left But what happens on my mind isContinuarContinuar lendo “my days can be pale (25 maio 2015)”

Serás dono de quem tocares (24 de novembro, 2014)

Serás dono de quem tocares Não se conta história sem ficar marcado Não se ama alguém sem ser também amado Histórias de vida são o todo Uma vida de histórias leva tudo Não sobra nada Somente as marcas E quem você quer marcar? Saiba que levarás contigo a responsabilidade De ser do outro, parte daContinuarContinuar lendo “Serás dono de quem tocares (24 de novembro, 2014)”